Eduardo Quive em grande entrevista na edição do dia 05.03.2023 do jornal Domingo. Na entrevista o escritor fala da sua nova obra, “Para onde foram os vivos” (Maputo: Alcance Editores, 2022). Pode ler a entrevista na íntegra no ficheiro a seguir.
Entrevista a Eduardo Quive sobre a residência literária em Lisboa – Rádio Índico
Lúcia Vicente e Eduardo Quive vencem intercâmbio literário Lisboa-Maputo
A escritora portuguesa Lúcia Vicente e o autor moçambicano Eduardo Quive venceram a edição deste ano do programa de intercâmbio literário Lisboa-Maputo, preparando-se para passar um mês nestas cidades a desenvolver projetos de criação literária. Ler o artigo na revista VISÃO


Entrevista no Artes e Letras – STV
Entrevista no programa Artes e Letras conduzido pelo jornalista e crítico literário José dos Remédios, sobre a obra O Abismo aos Pés em que os jornalistas Eduardo Quive e Elton Pila entrevistam 25 escritores lusófonos sobre a iminência do fim do mundo em pleno pico da pandemia da Covid-19 em 2020. Assistir ao programa

“O Abismo aos Pés” chega às livrarias em Fevereiro
Jornal Domingo
Talvez um outro abismo se imponha depois do abismo

O mundo voltou a parar de sorrir, voltou-se à reclusão, como aquela que dominou todo o 2020, como se o Homem fosse o mal dele próprio e que tentasse se esquivar de si. E a realidade parece obrigar, há vidas deixando de existir, há mortes e lágrimas por todo o lado, o caos está instalado, o medo reina na vida dos seres humanos e nada mais se pode fazer que se esconder por detrás de uma porta, purificar a alma, talvez com álcool em gel, num mundo que se obriga a viver mascarado. Ou talvez se pode, ainda, fazer muito pela humanidade. O livro “O Abismo aos Pés” (Revista Literatas) e que chega em princípios de Fevereiro, vem mesmo para provar que enquanto existir vitalidade, o ser humano continuará a resistir. Com os seus 200 exemplares contendo 232 páginas, cada, o livro é resultado de uma série de entrevistas feitas a 25 escritores lusófonos e que respondem sobre a iminência do fim do mundo, sobre a beleza, sobre o papel das artes e sobre o que vai ser a vida depois do abismo.
E porque organizado pelos jornalistas culturais, Eduardo Quive e Elton Pila, colocamos eles próprios a responderem a outra série de questões, despidos das masmoras do jornalismo e da irritante vontade de invadir o interior, as almas das pessoas e revelar as suas sensibilidades. Enquanto o mundo desmorona, ou tenta pelo menos sobreviver, conversamos sobre esse “Abismo aos Pés” e o que fica, como bem atesta Elton Pila, é que “se a humanidade continuar como a conhecemos, demasiado umbiguista, talvez um outro abismo se imponha depois do abismo; a tempestade depois da tempestade, a bonança não existe”.
O distanciamento trouxe-nos a ideia de solidão, de angústia, para revelar o quão a humanidade é frágil. Mas o vírus tirou a beleza ao mundo? Ou essa beleza sempre foi utopia?
Eduardo Quive: O que é mais belo no mundo é o que é o seu horror. O Homem. E essa beleza não é utopia. A verdade é que deram-nos o mundo nas mãos, fazemos coisas incríveis, são belezas de emocionar e transformar a nossa experiência de vida, como o nascimento, os bebés, a música, a poesia, a pintura, os fogos de artifícios, mas conseguimos fazer também coisas horríveis, como a violência insana. Até o pangolim, justamente um animal que acreditamos que é sagrado e só nos trás boas notícias, comemos e ainda bem que o escritor brasileiro Sérgio Tavares, que nos alerta para essa catástrofe, não aconselha às próximas gerações. E quando Deus ou seja lá que força nos soltou neste lugar, apercebe-se que estamos a falhar na nossa missão de sermos generosos, aí a natureza vai nos oferecendo alguns espectáculos extraordinários, como o eclipse do sol, a estrela cadente, o arco-íris, a regeneração das árvores, etc. enquanto o vírus mata, enquanto perdemos gente útil para este mundo, outros se encontram noutras linhas de batalha pela vida, o que é por si belo, apesar de toda a dor e esmero. E isso não é utopia, ou pelo menos não merece ser.
Mbenga – artes e reflexões, por Pretelério Matsinhe – Leia a entrevista na íntegra
Eduardo Quive, poet, journalist and literary activist, is shaking up the Mozambican literary scene. For too long, he says, the country’s writers have been isolated: “No one will publish an unknown writer,” he says. “It’s almost impossible to see a book published as a [first] project.” At 27 years old, Quive is president of Mozambique’s leading literary movement, Kuphaluxa, founder of the Literatas book festival – and editor-in-chief of the Literatas review. He has also published his own collection of poetry at home and abroad. – THE AFRICA REPORT


Homem da cultura, activamente empenhado na formação de novos leitores, viu neste confinamento forçado a oportunidade de “cultivar o gosto literário” pelos mais jovens, aqueles que tendencialmente mais se afastam do mundo literário. Assim nasceu o projecto “Contos e Crónicas para ler em casa”, uma colectância que reúne textos originais de 18 autores e que já teve mais de mil descarregamentos em 72 horas – Entrevista para o site E-Global

Eduardo Quive – O Livro também é um Negócio
Uma voz autorizada quando se trata da jovem literatura feita em Moçambique, Eduardo Quive foi de poeta para jornalista cultural e actualmente como empreendedor social fala-nos da Catalogus, uma iniciativa comercial criada com vista a promover o livro e os autores moçambicanos. Por Álvaro Taruma, em Dá Que Pensar – Escutar
Entrevista no podcast Magaivices
Trocar palavras com quem vive delas sempre é inspirador. Sentamos com Eduardo Quive, escritor, jornalista, po-eta e fundador do Catalogus para falar-mos deste projecto e do cenário edito-rial em Moz. O Catalogus tem como missão mapear, registar, promover au-tores moçambicanos e suas obras den-tro do país e no mundo. Escutar
