Este é o artigo que anuncia o festival Maputo Fast Forward 2022 e que custou-me a escrever. Escrevi-o já em Lisboa, sobre um homem que desde que nos conhecemos, as nossas conversas e o trabalho que fizemos juntos, foi sempre a surpreender pela irreverência. Desde 2018 que trabalho com Rui Trindade, colaborando para o MFF e os projectos integrados, sempre na área de comunicação, fazendo oficinas de formação de jornalistas em novas métodos de jornalismo na área multimédia, produção de conteúdos e ainda por dentro da programação do próprio festival.
Não me esquecerei que no próprio ano que nos conhecemos, 2018, primeiro o Rui fez-me uma entrevista que foi publicada na revista Índico, da LAM, onde ele colaborava. E de seguida, por sua iniciativa, o MFF financiou a impressão de uma edição especial da revista LITERATAS. Uma edição efectivamente especial para nós, pelos conteúdos de qualidade e atemporal que apresentams. Daí para frente foi sempre pé no acelerador, com coisas novas e diferentes.
Não foi tudo pacífico, nem entre nós nem comigo próprio, na minha cabeça, onde não cabiam todas as suas ideias, que tive, muitas vezes, de perder horas e dias de leituras e pesquisas para tentar chegar perto do que ele pretendia. Em muito, ser jornalista muiltimédia e o trabalho que venho desenvolvendo como curador e programador literário, deveu-se a este homem.
Não, não honraremos os mortos como pensamos, o Rui nem acreditava nisso, era de uma sensatez às vezes brutal com a vida e com os vivos. Mas seremos nós pessoas diferentes pelas experiências que vivemos, todos os dias, se nos permitirmos. Aproveitem para conhecer todas as ideias de curadoria e programação do festival Maputo Fast Forward 2022 que se introduz com este artigo. É uma dessas experiências que devemos nos permitir.
O artigo que é também um testemunho particular, meu, pode ser lido na página do MFF.